Radicalização – Saiba por que ideia de um presidente petista do MST preocupa governador da Bahia

O envolvimento direto do senador Jaques Wagner na sucessão interna do PT levou preocupação para o governador Jerônimo Rodrigues, que aposta numa solução consensual que evite fraturas no partido para não atrapalhar as articulações pela sua reeleição.

A tensão teria sido admitida por Jerônimo a vários interlocutores esta semana, depois que Wagner decidiu apresentar como candidato a presidente do PT na Bahia o nome do militante do MST Tássio Brito, da corrente EPS, a mesma do deputado federal Valmir Assunção.

Wagner tomou a iniciativa depois de constatar que o atual presidente, Éden Valadares, ligado a ele, estava tendo grandes dificuldades para apresentar um nome à sucessão que agregasse pelo menos os setores mais ligados ao governo no partido.

Muito desgastado por uma gestão no comando da legenda que já dura seis anos – todos os atuais presidentes tiveram seus mandatos prorrogados por causa da pandemia – e devido a um estilo pessoal pouco agregador, Éden abriu mão de disputar a reeleição.

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A medida, tomada de sopetão, acabou abrindo uma crise entre o grupo do senador e as outras correntes petistas, que viram na situação uma oportunidade para tirá-la do jugo de Wagner e assumir de volta o controle da legenda.

O maior temor de Jerônimo é que, caso a candidatura de Tássio vá à frente, o PT eleja um quadro do MST à sua presidência. O governador avalia que, dada a ideia de radicalização do movimento, isso possa prejudicar sua própria imagem e acabar trazendo dificuldades para que lidere os aliados.

“O senador Jaques Wagner é um gênio, mas pensou muito pra dentro quando lançou o nome de um representante do MST para presidente do PT na Bahia. Isso amplia a imagem de radicalização do partido num momento em que o governador vai ter que costurar sua reeleição”, disse um petista.

Ele conversou esta semana pelo menos duas vezes com o governador, em quem percebeu claramente a mesma preocupação quanto à ideia de radicalização promovida por um quadro do Movimento Sem Terra no comando do PT baiano num cenário em que Jerônimo precisa sedimentar a atual coalizão para a reeleição.

Política Livre.

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