O deputado estadual Sandro Régis, líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), rebateu nesta terça-feira (1º) o deputado Bira Corôa (PT) e disse que o parlamentar petista deveria se preocupar com a educação da Bahia, que ocupa o último lugar do país no ensino médio. Sandro destacou que em Salvador a educação sempre foi prioridade, desde a gestão de ACM Neto e agora com o prefeito Bruno Reis, inclusive em relação à Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Segundo Régis, foi feito um movimento de agrupamento das escolas da EJA que vai resultar numa economia anual de R$ 18,7 milhões. “Com esse recurso, será possível construir três novas grandes escolas a cada dois anos. E sem que nenhum aluno deixe de ter a oportunidade de fazer o ensino fundamental à noite. As aulas na EJA estão prestes a começar com o total de 10.195 alunos e mais 8.195 vagas ainda não preenchidas nesse segmento na rede municipal. Portanto, essa medida não causa qualquer prejuízo a alunos nem professores”, disse.
Régis destacou que Salvador tem vivido um avanço na educação nos últimos anos, sendo uma das três capitais que mais avançaram no Ideb, enquanto a Bahia tem o pior ensino médio do país. “O deputado deveria ter maior preocupação com a educação na Bahia, que nunca foi prioridade do governo do PT. São anos de escolas fechadas, unidades sucateadas e falta de investimentos. Os números não negam: enquanto Salvador avança, a Bahia desce a ladeira”, criticou.
O deputado explicou que, das 122 escolas municipais nas quais é oferecida a EJA à noite, 98 tinham, em 2021, menos de cem alunos. “Mesmo com tão pouca demanda, essas escolas precisam ter, para funcionar no noturno, vice-diretor, coordenador pedagógico, pessoal de limpeza, porteiros, merendeiras, e todos os demais custos associados essa atividade. Sem falar na necessidade de alocar professores em cada turma da EJA, muitas dessas com menos de dez alunos”, disse.
Em levantamento feito pela SMED abrangendo o período de 2014 a 2019, sem a influência, portanto, do período da pandemia do coronavirus, constatou-se que mais de 50% dos alunos da EJA são reprovados todos os anos, ou abandonam a escola antes do fim do curso. “Nesse cenário, a prefeitura constatou que seria possível melhorar muito essa estrutura se os alunos fossem concentrados de algumas dessas escolas em escolas próximas, de modo a otimizar a alocação desses recursos, reduzindo o custo por aluno da EJA que, em algumas escolas municipais, superam os valores cobrados por muitas escolas privadas de primeira linha”, explicou.
Ele ainda explicou que o estudo de otimização da rede no período noturno ficou limitado a 44 escolas e teve como premissa garantir que todos os alunos da EJA, assim como os profissionais da educação, seriam realocados em escolas próximas e de fácil acesso. “Como resultado, a prefeitura identificou a oportunidade de, sem nenhum prejuízo para os alunos e professores, deixar de oferecer a EJA à noite nessas 44 escolas municipais, cujos alunos foram encaminhados para escolas com melhor estrutura de ensino e a curta distância da escola de origem desses alunos”, pontuou.
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