Após o rompimento com o PP, o governador Rui Costa (PT), em discurso na cidade de Almadina, na manhã desta terça-feira (15), inaugurou críticas ao Centrão, nomenclatura dada ao bloco partidário majoritário no Congresso. O PP integra tanto o Centrão quanto a base de sustentação do governo Jair Bolsonaro (PL). O governador voltou a afirmar que sua aliança “é com o povo da Bahia”.
“Estão destruindo nosso país, não só o presidente, mas o Congresso Nacional controlado pelo Centrão”, disse Rui, ressaltando o beneficiamento de bloco pelo denominado “orçamento secreto”. “Que a Bahia não seja perseguida pelo Centrão e pelo presidente da República”, declarou. Ainda no rol de indiretas, comentou: “alguns gostam de se aliar com ricos e poderosos e outros gostam de trabalhar, de botar a mão na massa”.
O petista também reiterou as críticas ao clã dos Magalhães, repetindo a narrativa de que centenas de colégios levam o nome do ex-senador ACM, cujos herdeiros controlam uma rede de televisão. “Ninguém quer a volta ao passado para ter chefe. […] Alguns de oligarquias e dos ricos da Bahia acham que são donos da Bahia”, disse o governador.
Acompanhado pelo secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, que foi anunciado como pré-candidato do PT ao governo estadual na sexta-feira (11), Rui Costa disse que os governos petistas inauguraram nova forma de fazer política. “Substituímos a política da intimidação, da opressão, a política que tinha chefe pela política da amizade, cooperação e fortalecimento das pequenas cidades”, comparou o petista.
O prefeito de Almadina, Milton Cerqueira (Podemos), ainda recordou que o governador Rui Costa iniciou sua pré-candidatura ao governo, em 2014, pela cidade; e apontou que também Jerônimo participava de seu primeiro ato público após ser escolhido candidato pela cidade. Em um momento pitoresco, Milton disse que vestiria saia se uma das obras anunciadas por Rui – a estrada entre Almadina e Floresta – não fosse concluída até o final do mandato.
Davi Lemos/Política Livre