Com todas as atenções voltadas para a definição cada vez mais difícil da chapa governista, o governo fracassou mais uma vez no esforço para votar, nesta quarta-feira (9), os projetos de lei que versam sobre alterações na lei estadual de saneamento básico e na Embasa. Como antecipado ontem, o líder da maioria, Rosemberg Pinto (PT), teria dificuldades para estabelecer quórum de votação para aprovar os projetos, considerados polêmicos, quando ao base se vê no turbilhão causado pela indefinição na chapa governista. Após não conseguir estabelecer quórum para votação na tarde de ontem e hoje a sessão extraordinária sequer foi iniciada.
Os deputados de oposição não compareceram e os governistas também não estiveram no plenário, nem presencialmente ou de forma remota. O presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), afirmou, entretanto, que não foi estabelecido quórum porque as bancadas querem maior tempo para debate. O pessedista rechaça a interpretação de que os projetos ensejam a privatização da Embasa; ele também rejeita a informação de que a crise na base seja a motivação para a não aprovação da matéria.
“O projeto não fala de privatização da Embasa, como entenderam alguns deputados do PT. A eleição tem a ver [com a não aprovação dos projetos que estão sobrestando a pauta], não a crise [da indefinição da chapa governista]. Aí a oposição quer desgastar, jogar para a plateia”, disse Adolfo Menezes, na noite desta quarta-feira (9).
O presidente da Casa disse que uma das soluções para destravar a pauta da Assembleia seja o governo retirar os projetos, que tramitam em regime de urgência.
Davi Lemos/Política Livre