A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, confirmou nesta quarta-feira (23) que irá mesmo se desincompatibilizar e disputar um cargo eletivo em outubro.
A ministra chegou a anunciar para o presidente Jair Bolsonaro (PL) sua desistência do projeto eleitoral. Os dois se falaram na última segunda-feira (21) no Palácio do Planalto, minutos antes da festa surpresa para comemorar o aniversário do presidente.
Durante a conversa, no entanto, Damares acabou convencida a disputar e voltou atrás. Eles ainda não bateram o martelo sobre qual cargo, nem por qual estado. Nesta quarta, a ministra afirmou em um evento em Belém (PA) que aquele seria, provavelmente, seu último como titular da pasta. E justificou ter corrido para antecipar entregas no estado.
“Por que eu estou aqui no meio de março e a gente correu tanto? Primeiro porque eu vou me desincompatibilizar. Eu não serei candidata no Pará, mas eu serei em algum lugar”, declarou.
Na sequência, a ministra firma que seis estados a querem como candidata, inclusive alguns nos quais não tem amigos. “Tem um estado aqui do lado, que eu não tenho amigos. Cuidado, Amapá, eu tô chegando!”
Damares fez referência ao estado do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP). A bancada evangélica entrou em atrito com o hoje presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após ele atrasar a sabatina do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça. A candidatura da ministra serviria para atrapalhar os planos de Alcolumbre, candidato à reeleição.
Auxiliares da ministra apostam que ela anunciará ainda nesta quinta-feira (23) o partido ao qual se filiará.
Damares tem oscilado nos últimos meses sobre sua candidatura. Inicialmente, refutava essa possibilidade, mas começou a falar abertamente sobre se lançar ao Senado. Mais recentemente, demonstrou desânimo em concorrer.
Bastidores do Poder