O novo governador da Bahia será eleito em segundo turno este ano. Algo que não acontece desde 1994, quando Paulo Souto (PFL) derrotou João Durval (PMN) por 68,4% a 41,36%. Dezoito anos depois, concorrem ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT). Candidato da oposição, ACM Neto obteve 40,81% (3.313.948 votos). Candidato do grupo que está no poder há 16 anos, Jerônimo alcançou 49,42% (4.012.737 votos). O percentual se refere é aos votos válidos: brancos e nulos estão fora dessa conta.
A nova votação acontece em 30 de outubro, quando os eleitores baianos também terão de escolher entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) aquele que governará o Brasil pelos próximos 4 anos.
Segundo turno não é uma novidade para ACM Neto, pois foi assim que ele venceu a disputa pela Prefeitura de Salvador pela primeira vez, em 2012. “Há 10 anos, quando nós vencemos a eleição para prefeito de Salvador nós passamos só um pouquinho na frente para o segundo turno e nós construímos a vitória”, afirmou. “Agora a gente acredita que vai construir essa mesma vitória. Eu já venho trabalhando há mais de um ano, então a gente não vai diminuir nossa energia”, completou. Do outro lado está Jerônimo, que disputa um cargo eletivo para o Poder Executivo pela primeira vez. Até então, o posto de maior visibilidade que ocupou foi o de secretário de Educação de Rui Costa, a quem pretende suceder.
Ele iniciou a campanha com alto índice de desconhecimento entre os eleitores e procurou vincular sua imagem à do ex-presidente Lula para se fazer conhecido. E pelo que indicou em entrevista ontem, a tática se manterá: “Nossa estratégia será observar cada canto da Bahia, onde fomos bem, onde tivemos dificuldade, entender a geografia, o mapa na Bahia, onde Lula vai precisar de uma força maior. Ele será chamado para caminhar com a gente”.
Além de ACM Neto e Jerônimo, que passaram para a nova fase, o Palácio de Ondina este ano foi disputado por João Roma (PL), que obteve 9,08% dos votos (738.160); Kleber Rosa (Psol), escolhido por 0,59% dos eleitores (48.238); Giovani Damico (PCB); que teve 0,07% (5951); e Marcelo Millet (PCO), que ficou com 0,01% (826). A candidatura de Millet está sub judice e ser for negada, seus votos serão contabilizados como nulos.
Segundo a Justiça Eleitoral, 8.863.644 baianos foram às seções de votação ontem (78,65% de comparecimento); 499.721 (5,64%) votaram nulo, e 236.718 (2,67%), em braço.
Fonte: Correio 24 horas