Por sugestão do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), o prefeito Bruno Reis (União) reúne toda a bancada de 33 vereadores aliados na manhã desta quarta-feira (28) num café da manhã no Palácio Thomé de Souza. Será o primeiro encontro do tipo após as eleições de 2024.
O prefeito vai agradecer aos edis pela aprovação, na quinta (22), do projeto de lei que reajustou os vencimentos dos servidores públicos municipais. A votação foi marcada pelas cenas de violência e vandalismo promovidas por sindicalistas e manifestantes que invadiram o Centro Cultural da Casa. Alguns vereadores registraram que foram agredidos fisicamente, assim como colaboradores do Legislativo.
Houve relatos até de mordidas, o que teria ocorrido com o vereador Sidninho (PP). O diretor licenciado do Sindicato dos Servidores (Sindeps), Bruno Carianha, chegou a ser detido por policiais militares. Neste mesmo dia caótico na Praça Municipal, Bruno Reis estava fora do país, em um retiro espiritual, mas conversou com Carlos Muniz e outros edis por telefone, quando foi informado da situação.
Na manhã desta terça-feira (27), o prefeito concedeu uma coletiva de imprensa para falar sobre a greve dos professores e a invasão da Câmara, quando, além de se solidarizar com os edis e acusar oponentes políticos de estarem por trás do movimento, aproveitou para rebater as críticas feitas abertamente por adversários e reservadamente por aliados de que estava sumido num momento de tensão e em meio a uma paralisação dos docentes que passa dos 20 dias.
“Teve gente insinuando que eu sumi esse final de semana. Eu não sumi, não, fui rezar, agradecer a Deus por tudo que tem proporcionado em minha vida e pedir sabedoria para as decisões futuras”, declarou o chefe do Executivo municipal na coletiva.
O site apurou ainda que o café da manhã vai servir para aliviar, num momento de unidade da base provocada pela invasão à Câmara, o clima de insatisfação de parte dos vereadores que se queixam há algum tempo por não conseguirem viabilizar o atendimento de demandas nos redutos eleitorais e o pleito por cargos. Essas cobranças acabam recaindo sobre o próprio Muniz, que tem pedido paciência aos colegas num momento em que a Prefeitura está se reestruturado e se planejando financeiramente para os próximos anos.
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