A expectativa da equipe da transição de governo é que a Proposta de Emenda à Constituição, que autoriza o futuro governo a desembolsar um dinheiro além do teto de gastos com programas de transferência de renda e assistência social, vá a votação no plenário do Senado até a próxima quarta-feira.
O deputado federal Reginaldo Lopes, do PT de Minas Gerais, afirmou que segunda e terça devem ser dias de reuniões de articulação e de discussão na Comissão de Constituição e Justiça.
Um dos pontos de impasse sobre a PEC é o prazo de validade dela. O novo governo defende pelo menos quatro anos, mas grande parte dos parlamentares fala em metade disso.
Depois de passar pelo Senado a Proposta ainda ser aprovada pela Câmara dos Deputados.
Para o deputado Reginaldo Lopes, não tem problema que a PEC da Transição dure menos tempo, desde que o Congresso Nacional autorize a revisão da regra de teto de gastos em 2026.
De acordo com o levantamento feito pelo gabinete de transição, o governo de Jair Bolsonaro revisou a lei do teto de gastos pelo menos seis vezes para poder gastar mais que o limite. Na proposta inicial, encaminhada pelo então presidente Michel Temer ao Congresso, em 2016, existia a previsão de que, em 2026, a regra do teto de gastos passasse por uma revisão. Mas, ao aprovar a Emenda à Constituição, os parlamentares retiraram esse trecho. Agora, o novo governo trabalha para retomar a revisão do teto.
Edição: Beatriz Arcoverde/Agencia Brasil