Deputados governistas têm questionado a efetividade do formato atual da campanha ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT), baseada em encontros em torno da discussão do PGP (Programa de Governo Participativo).
Dizem que a iniciativa é temerária para um candidato com um nível de desconhecimento elevado e que é um erro inspirar-se no sucesso que representou para as duas campanhas do governador Rui Costa (PT).
Nos dois momentos, afirmam, eram uma alternativa às restrições impostas pela legislação eleitoral, que não existem mais. “Hoje, a pré-campanha está autorizada”, argumenta um deputado federal petista.
Ele aponta como outra desvantagem do atual formato o fato de os encontros falarem ‘para dentro’, ou seja, serem dirigidos praticamente para a militância ou convertidos, que já votam no candidato.
Também alega que, como reúnem muita gente, os eventos acabam acontecendo fora das áreas urbanas das cidades, onde se encontram espaços para realizá-los, o que faz com que Jerônimo visite passe pelo município sem ser visto nele.
“Seria diferente, por exemplo, se fizéssemos carreatas, que mobilizam a cidade inteira, permitem que a gente diga que é o candidato de Lula que está passando”, afirma um outro parlamentar.
O mesmo deputado diz que é um modelo que vem sendo empregado, inclusive, pelos demais pré-candidatos ao governo, com, em sua avaliação, bastante sucesso. “Temos pouco tempo, Jerônimo não é conhecido”, reclama.
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