O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se posicionou contrário ao pedido de prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apresentado pelos deputados da base governista Lindbergh Farias (PT-RJ) e Taliria Petrone (Psol-RJ). O procurador ainda criticou os parlamentares e afirmou que ambos não têm legitimidade para fazer tal pedido.
“Sem embargo do denodo com que atuam os parlamentares que deram o pedido a protocolo, suas excelências, não estão habilitadas no feito […] o que lhes subtrai a legitimidade processual para postular no feito. De toda sorte, a PGR se reservará à avaliação, em instante que estime oportuno, de eventual requerimento de medidas cautelares”, diz um trecho do documento apresentado por Gonet.
O pedido de prisão preventiva havia sido enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que, por sua vez, pediu um parecer da PGR sobre o caso. O petista e a psolista justificaram que o pedido de prisão busca proteger a ordem pública e econômica do país, visto que Bolsonaro vem articulando sanções contra o país com autoridades internacionais. Eduardo Bolsonaro é réu, juntamento ao influenciador Paulo Figueiredo, em um processo de coação do judiciário. Ambos foram acusados de tentar interferir no processo e julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenador a 27 anos de prisão, com o objetivo de evitar que ele fosse julgado pelos crimes ligados a trama golpista.
Eduardo responde:
Nas redes sociais, o deputado filho do ex-presidente respondeu ao posicionamento da PGR contra sua prisão preventiva. Segundo o parlamentar, Alexandre de Moraes deveria ter barrado o pedido dos deputados da base governista imediatamente, ao invés de “pedir a opinião” da PGR.
“Quem deveria estar nesse processo, segundo eles alegam, seria o presidente Trump, o secretário Marco Rubio, o secretário Scott Bessent. Mas como eles não têm coragem de fazer isso, eles vêm para cima de mim, porque já viram que ameaçar os meus familiares não adianta”, disse.
Ele ainda continuou afirmando que o PT e o ministro do STF estão o acusando de cometer crimes, mesmo ele vivendo nos EUA. “Moraes e PT me acusam de cometer crimes enquanto vivo aqui nos EUA. Neste tabuleiro, não há bobos e o regime não está mais tão a vontade. As coisas estão mudando. Nós venceremos”.
Bastidores do Poder.