De olho nas eleições do Sindimed Movimento Luta Médica mobiliza a categoria

Insatisfeitos com a atual gestão do Sindicato dos Médicos no Estado da Bahia (Sindimed), um grupo formado por profissionais de todo o estado está mobilizado no Movimento Luta Médica, com o objetivo de concorrer na eleição sindical, prevista para os dias 30 e 31 de março. A iniciativa surge da união de médicos e médicas de diversas especialidades, do setor público e privado, que se identificam com a luta coletiva da categoria, atuando em um sindicato inclusivo, propositivo, sem influências partidárias.

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O movimento também tem como foco construir um ambiente de convivência pacífica e civilizada entre a categoria e a necessidade de um posicionamento efetivo contra a exploração pelos planos de saúde e em favor de condições adequadas de trabalho com melhores remunerações. Além disso, o grupo luta por uma saúde pública digna e um Sistema Único de Saúde (SUS) fortalecido.

De acordo com o manifesto lançado pelo Movimento Luta Médica, a atual gestão do Sindimed se comprometeu em formar uma entidade livre da influência partidária, porém, ao assumir a gestão, se afastou das necessidades dos médicos baianos, utilizando a entidade como um palanque político.  A exemplo, o uso das dependências da instituição para realização de convenções políticas e a proposta de participação dos filiados nas manifestações antidemocráticas do dia 7 de setembro.

Para a psiquiatra Milena Pondé, o momento atual da entidade traz um sentimento de descaso e tristeza para os médicos, necessitando de uma mudança imediata de postura e renovação. “Assistimos uma gestão que usa o Sindimed para fazer da entidade um espaço de plataforma partidária. Estamos aqui para apresentar uma chapa que busque unificar os médicos para os interesses comuns, fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuir para aperfeiçoar a saúde coletiva. Essa é a nossa missão, isso nós entendemos”.

O Sindimed vem conduzindo de forma equivocada as negociações salariais, omitindo a prestação de contas, impondo uma reforma do Estatuto sem uma discussão ampla, reduzindo o número de funcionários e diretores e terceirizando as atividades sindicais. De acordo com o médico trabalhista Renan Araújo, que faz parte do Movimento Luta Médica, o fechamento das delegacias sindicais no interior é mais um indício de que essa gestão atua pela precarização das atividades dos médicos. É preciso mudar.

“O sindicato vem apresentando falhas graves com a omissão no enfrentamento dos problemas e nas lutas coletivas, o que gerou uma insatisfação na categoria. Nosso movimento visa resgatar a vida sindical em sua plenitude. Essa gestão é desastrosa, que pensa com a cabeça do empresário, ao invés de pensar como o trabalhador. Ela já mostrou sua incapacidade e deixou claro suas reais intenções. Vamos reunir um máximo de profissionais comprometidos e mudar esse cenário”. Afirmou Renan Araújo.

Ascom Movimento Luta Médica

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