João Dourado, município da região de Irecê, vai às urnas em 7 de novembro numa nova eleição, mas numa situação única na história do Judiciário: Diamenson Costa Cardoso Dourado, o Di Cardoso (PL), e Abimael Dourado Lima Júnior, o Juninho (PSD), são os mesmos candidatos do ano passado.
Di Cardoso teve 7.635 votos (52,35%), contra 6.950 (47,65%) de Juninho. Aí vem o enredo da anulação, também único. Adriano Alves Neves, o vice eleito em 2016, morreu em 2017. Em setembro do ano passado, morreu o prefeito Celso Loula Dourado (PT), candidato a reeleição. A mulher dele, Rita de Cássia Amorim, a Rita de Dr. Celso (PT), presidente da Câmara, assumiu. Depois, ela se candidatou a vice de Di Cardoso, e a Justiça julgou que ela estava inelegível. Anulou o pleito.
Lá se diz que os candidatos são os mesmos, mas o cenário é outro. O PT rachou, uma banda está com Juninho, mas Rita, com Di.
Rebu na base:
Aliás, a disputa em João Dourado reverberou ontem na sessão da Assembleia. O deputado Jacó (PT) levantou para dizer que Juninho é o cara. A deputada Fabíola Mansur (PSB) rebateu dizendo que grande parte do PT, inclusive a viúva de Dr. Celso, está com Di Cardoso.
Rosemberg Pinto (PT), líder do governo, tentou apagar o fogo amigo:
— Eu pediria aos nobres colegas que não tragam as querelas municipais para cá.
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