Nesta sexta-feira (24/11), três das principais centrais sindicais do país, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), emitiram uma nota conjunta em protesto contra o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prorrogação da desoneração da folha de pagamento.
A decisão, segundo as entidades, coloca milhões de empregos em risco, sendo tomada sem debate com o movimento sindical, especialmente dos setores mais afetados. Setores empresariais também expressaram preocupação e a responsabilidade recai ao Congresso Nacional, que já se mobiliza para derrubar o veto de Lula ao projeto.
A disputa vai impactar diretamente o cenário econômico do país. A medida em questão permite que empresas, em 17 setores da economia, substituam a contribuição previdenciária de 20% sobre os salários dos empregados por uma alíquota variável de 1% a 4,5% sobre a receita bruta das empresas. A regra, válida até 31 de dezembro de 2027, foi vetada integralmente por Lula na quinta-feira (23/11).
As centrais sindicais argumentam que a medida é crucial para a sensibilidade social, e a equipe econômica comete um equívoco ao transferir o ônus do ajuste fiscal para o setor produtivo e o emprego formal: “a conta será absorvida pelos trabalhadores seja com o desemprego ou com a informalidade”.
Fonte: Informe Baiano.