“Como o governo pode explicar essa política de cotas do Planserv que limita a assistência e coloca em risco a saúde dos segurados, dependentes e agregados? ” O questionamento é do médico, ex-secretário de Estado e ex-deputado estadual Heraldo Rocha (União Brasil), diante das reclamações frequentes sobre o funcionamento ineficaz do principal plano de saúde que atende os servidores públicos do estado da Bahia.
Ele acentua que o Planserv não conhece inadimplência, já que o pagamento é descontado religiosamente dos servidores nos seus proventos, razão pela qual se requer uma apuração rigorosa sobre administração do serviço.
Heraldo Rocha, inclusive, aplaudiu a iniciativa conjunta dos órgãos que representam a medicina na Bahia, como o Conselho Regional de Medicina (CRM), a Associação Bahiana de Medicina (ABM), o Sindicato dos Médicos (Sindimed) e a Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (AHSEB), que pediram o apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para investigar a precarização do plano assistência a mais de 518 mil usuários.
“É preciso que a gestão do Planserv esclareça os questionamentos feitos ao MP-BA pelas entidades de saúde sobre o esquema das cotas que dificultam há anos a vida dos servidores. Passar a responsabilidade de informar sobre o preenchimento das cotas aos prestadores sinaliza falta de transparência”, ressalta Heraldo Rocha.
O ex-deputado pontua também que a participação dos servidores representa 80% da manutenção do Planserv e que nos últimos anos foram feitas mudanças nas formas de contribuição de agregados, igualando o valor da contribuição à do titular. “Portanto, o servidor já vem dando sua cota de sacrifício para manter o Planserv”, complementa.
Informe Baiano