Na nota pública em que confirmou hoje à tarde seu desligamento do governo, o PP poupa o governador Rui Costa (PT) e o ex-presidente Lula e responsabiliza o senador Jaques Wagner (PT) pela sucessão de acontecimentos que levaram ao rompimento do partido com o PT depois de 14 anos de colaboração leal, como ressalva o texto.
Na publicação, a executiva estadual do PP relata que, depois de várias reuniões coordenadas pelo senador Jaques Wagner, Leão foi comunicado que assumiria o governo por nove meses com a renúncia de Rui Costa à gestão estadual para concorrer ao Senado e o lançamento da candidatura do senador Otto Alencar (PSD) ao governo.
Segundo o texto, mesmo não concorrendo a um mandato popular, Leão aceitou o convite com a convicção de que poderia ‘trabalhar muito mais pelo povo baiano’. Logo após a decisão, prossegue a nota, o vice então participou de uma reunião com Lula em São Paulo, acompanhado de Rui, que comunicou o líder petista sobre o acordo.
No dia 7 de março, entretanto, Wagner anunciou, numa entrevista a uma rádio, a nova composição da chapa, na qual Leão não teria mais nenhuma participação, além de não assumir o governo. Além de ter considerado ‘inaceitável a quebra do acordo, a indelicada comunicação de Wagner causou uma imensa decepção no PP’.
A partir daí, o PP constatou que não era mais desejado nem teria espaço na aliança de que participou até agora, destaca o documento, assinado pelo vice-governador e todos os membros da executiva, além deputados estaduais e federais e lideranças da legenda.
Fonte: Política Livre