Brasil – Lula confirma ida aos EUA em 10 de fevereiro e à China em março

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta (18) que vai aos EUA no dia 10 de fevereiro, em sua segunda rodada de viagens internacionais oficiais, e que vai no mês seguinte à China.

A ida aos EUA ocorrerá menos de um mês após a sua viagem à Argentina, que abrange uma visita oficial ao governo do aliado Alberto Fernández e a participação na cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), bloco que o país voltou a integrar há algumas semanas. Na mesma viagem, Lula visita o Uruguai.

Lula participou durante a manhã de encontros com representantes das centrais sindicais, no Palácio do Planalto. Em seu discurso, enfatizou o trabalho de reconstrução da imagem internacional do Brasil após o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Esse país não pode continuar sendo eternamente um país emergente, um país em via de desenvolvimento”, disse o petista. “Esse país precisa dar uma chance a nós mesmos, uma chance de nos transformarmos em um país desenvolvido.”

“Essa é a razão pela qual estou aqui: para a gente reconstruir a nossa imagem no exterior”, seguiu. “Domingo [22] vou à Argentina, dia 10 vou aos EUA, em março vou à China. E vamos receber aqui a Alemanha e a França. Vamos fazer com que o Brasil vire protagonista internacional outra vez.”

Lula havia sido convidado para ir aos EUA para um encontro com o presidente Joe Biden ainda antes da posse, segundo anunciou o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). No entanto, o presidente afirmou durante encontro com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, que a viagem ficaria para depois da posse. Na ocasião, Lula argumentou que havia questões internas a serem resolvidas, além das negociações para a formatação do seu governo.

Segundo integrantes do governo, o Ministério de Relações Exteriores chegou a indicar a Washington que Lula teria disponibilidade para a viagem entre os dias 1º e 12 de fevereiro. O Itamaraty, então, aguardou nesta semana uma resposta do governo americano.

Não está prevista agenda em outro país durante o deslocamento de Lula para o encontro com Biden. Ainda durante os trabalhos do gabinete de transição, o chanceler Mauro Vieira já havia afirmado que Lula faria uma viagem à China.

Lula não transmitiu mais detalhes sobre as viagens de chefes de Estado da Alemanha e da França a Brasília. Os dois países foram críticos ao Brasil durante a gestão Bolsonaro, em particular devido à política ambiental do ex-presidente, que resultou na alta de desmatamentos e outros crimes ambientais.

Para a primeira viagem internacional de seu terceiro mandato, Lula deve embarcar neste domingo (22) com destino a Buenos Aires. Membros do governo informaram que há a intenção de que, após o encontro com o presidente Alberto Fernández, os chefes de Estado assinem uma declaração de retomada da parceria estratégica, indicando uma nova fase nessa reconstrução das relações com o vizinho.

Além disso, o encontro bilateral deve resultar na assinatura de acordo de integração econômica e energética. A expectativa do governo brasileiro é que, após os encontros na Argentina e no Uruguai, Lula tenha uma perspectiva mais clara de quando e como será possível destravar o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia (UE).

Bastidores do Poder.

Gostou desse artigo?

Share on facebook
Facebook
Share on email
Email
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp

Deixe um comentário

  

Entenda em 6 pontos a PEC da Anistia, maior perdão da história a partidos políticos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), incluiu nesta terça-feira (18) na pauta de votações a chamada PEC

 

FAKE NEWS – Prefeitura de Lauro de Freitas tenta se apropriar de obra da gestão de Salvador

A Rua Santa Cecília, que divide o território de Salvador e Lauro de Freitas, se tornou palco de um empasse.

  

Gandu – Prefeito Reúne base aliada e anuncia descompatibilização de Daiana Santana da secretaria de Administração

Na tarde desta terça-feira (04), o prefeito Leonardo Cardoso (Avante), juntamente com seu pai e líder político, Neco Kanguçú, reuniu