Futebol – Lesões, preocupações físicas e vaga garantida podem fazer Tite escalar time misto

Com o Brasil já classificado para as oitavas de final da Copa do Mundo do Qatar e com preocupações físicas, Tite tem a oportunidade de fazer algo que, historicamente, não é comum na seleção brasileira: escalar um time misto no torneio.

Com seis pontos e líder do Grupo G, a seleção joga pelo empate com Camarões na próxima sexta-feira (2) para ficar com o primeiro lugar. Enfrentaria, então, o segundo do Grupo H, que ainda está indefinido.

“Vamos fazer a reavaliação física e fisiológica antes de pensar no próximo adversário”, disse Tite, minutos após a vitória por 1 a 0 sobre a Suíça, na última segunda-feira (28).

Neymar, Alex Sandro e Danilo, todos lesionados, já estão vetados para a última rodada. Sintomas de gripe em Antony e Lucas Paquetá foram monitorados pelo departamento médico. O protocolo da Fifa para o Mundial não exige a realização de testes para detecção de Covid-19 nos jogadores. Apenas recomenda. A CBF não os fez.

Dos 26 convocados para o Mundial, Tite usou 19. Os dois goleiros reservas, Ederson e Weverton, o lateral Daniel Alves, o zagueiro Bremer, o volante Fabinho, o meia Everton Ribeiro e o atacante Pedro ainda não estrearam. Mesmo quando atua já classificado na última rodada da fase de grupos, o Brasil não costuma fazer muitas mudanças.

Foi assim em 2010, por exemplo. Ainda na disputa pela primeira posição, Dunga fez apenas três alterações entre a equipe que derrotou a Costa do Marfim e a que empatou com Portugal. Entraram Daniel Alves, Julio Baptista e Nilmar.

A única exceção aconteceu em 2006. Depois de passar por Croácia e Austrália, Carlos Alberto Parreira resolveu mudar cinco peças para enfrentar o Japão. Cicinho, Gilberto, Gilberto Silva, Juninho Pernambucano e Robinho receberam oportunidade como titulares.

“Eu me senti bem. Fazia tempo que não atuava nesta posição e levei algum tempo [para me acostumar]. Mas me senti bem”, afirmou o zagueiro Eder Militão, improvisado na lateral direita contra a Suíça graças à contusão de Danilo.

As seleções brasileiras campeãs mundiais que chegaram classificadas à última rodada da fase inicial fizeram poucas mudanças.

Em 2002, Felipão resolveu mudar apenas três nomes para enfrentar a Costa Rica: entraram Edmílson, Júnior e Edílson. Em 1994, foram menos ainda. Parreira manteve o mesmo time que derrotou Camarões para o empate com a Suécia. Em 1970, diante da Romênia, houve apenas uma troca: Fontana atuou como titular.

Tite não deverá anunciar a escalação. Nem mesmo em sua conferência de imprensa na próxima quinta-feira (1º). Ele já disse não gostar de mostrar para o adversário o que pretende fazer na equipe.

“Os meninos estão dando conta do recado”, opinou o zagueiro Thiago Silva, sobre a possibilidade de mudanças e como os reservas têm reagido quando recebem oportunidades.

Tite dificilmente correrá o risco de repetir o que aconteceu com a seleção no Mundial da Espanha, em 1982. Telê Santana não fez nenhuma mudança entre os 11 escalados para a partida contra a Escócia e o que enfrentaria a Nova Zelândia. Causou descontentamento nos reservas que viram no confronto com o adversário frágil a oportunidade para aparecer.

Caderno dos Esportes

Gostou desse artigo?

Share on facebook
Facebook
Share on email
Email
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp

Deixe um comentário

 

Feira de Santana – José Ronaldo reafirma seu compromisso em cumprir mandato e que não existe chance de renuncia

O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (UB), reafirmou, em entrevista a um programa local, que não

 

Salvador – Em entrevista ao Brasil Urgente, Antônio Albino garante DC na base de Bruno Reis

Nesta segunda-feira (03), o presidente estadual da Democracia Cristã (DC), Antônio Albino, concedeu uma entrevista ao conceituado apresentador do Brasil

  

Região – Pré-campanha de Léo de Neco vem ganhando a simpatia popular por onde passa

  Que o ex-prefeito de Gandu, Leonardo Cardoso, o Léo de Neco (Avante), teve uma gestão de destaque em todo