O senador Ângelo Coronel (PSD) fugiu de polêmicas e preferiu não rebater as críticas que foram feitas contra ele por deputados petistas da Bahia, após o seu voto favorável a privatização da Eletrobrás.
“Eu prefiro não comentar”, disse o senador quando questionado sobre o assunto. Robinson Almeida chegou a dizer que ele ‘traiu a confiança dos eleitores que o elegeram para defender os interesses do povo trabalhador’. Já Paulo Rangel citou os votos contrários ao projeto de Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT) e afirmou que o voto de Coronel ‘envergonha a Bahia’.
Coronel justificou sua decisão argumentando que a Medida Provisória aprovada pelo Senado nesta quinta-feira (17), vai trazer mais investimentos em fontes de energia sustentáveis e fazer com que o país dependa menos de hidrelétricas. “Se não chover nas nossas bacias, não corremos o risco de apagão. Não podemos ficar presos ao destino.”
Além disso, o senador refutou que a privatização trará aumento na conta de luz, um dos principais argumentos de quem é contrário à mudança. “A União receberá aproximadamente R$ 60 bilhões e reverterá metade desses recursos à Conta de Desenvolvimento Energético para reduzir a conta de luz, para universalizar o serviço de energia elétrica e para incentivar as fontes de energia limpa”, alegou.
A MP recebeu 42 votos a favor e 37 contra. O texto agora volta à Câmara dos Deputados. Ele precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional até 22 de junho ou perde a validade.
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