A Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol, foi acionada para que Marcelo Batista da Silva seja preso no exterior. O ex-policial militar e empresário é o principal suspeito pelo desaparecimento e morte de dois funcionários em Pirajá. Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz foram vistos pela última vez no dia 4 de novembro, no local de trabalho, em um ferro-velho.
A informação de que a Interpol foi comunicada foi dada pelo delegado do caso, Nélis Araújo, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Embora Araújo não tenha dado mais detalhes, no pedido de prisão preventiva, que já foi deferido pela Justiça, ele justificou que “há indícios concretos de que está (Marcelo) promovendo a destruição de provas essenciais para o deslinde do feito, além de existir risco iminente de evasão para o exterior, o que inviabilizaria por completo a continuidade e a eficácia da investigação”.
A lista pública da Interpol, que reúne foragidos da Justiça de diversos países, tem atualmente 160 brasileiros procurados por autoridades brasileiras e estrangeiras. Ao ter o nome incluído na lista de difusão vermelha, a pessoa pode ser presa por qualquer força policial nas 190 nações que fazem parte da entidade internacional.
A Polícia Civil diz ainda que Marcelo é acusado de matar outros dois funcionários em 2015, de ter envolvimento com milicianos e de usar o ferro-velho como fachada para vender armas para o Comando Vermelho. Uma testemunha disse que o empresário, com seguranças, atirou em Paulo Daniel e Matusalém.
A Coluna procurou a defesa de Marcelo. Por meio de mensagem de texto, o advogado Aureosvaldo Oliveira informou que “estamos aguardando a conclusão das investigações, desta forma só podemos nos posicionar quando tivermos acesso ao IP (Inquérito Policial) na sua integralidade”.
Correio 24 Horas.