O Palmeiras não contará com Abel Ferreira nas próximas duas partidas. O treinador foi expulso na Supercopa do Brasil, contra o Flamengo e, em tese, cumpriria a suspensão na estreia do Brasileirão.
O clube, porém, entrou com pedido de efeito suspensivo, que foi concedido pelo auditor Sérgio Leal Martinez, integrante do Pleno do STJD, na semana da partida.
Nesta quinta-feira (8), o pleno do Tribunal julgou o recurso pedido pela equipe e deu duas partidas de suspensão ao comandante português. A decisão foi unânime. Pelo Brasileirão, o Palmeiras assumiu a liderança do torneio na última quarta-feira (7) depois de vitória do Grêmio.
Nas próximas duas rodadas, o Alviverde enfrentará Santos e Atlético-GO.
Veja a decisão do STJD:
O Pleno do STJD do Futebol julgou na tarde desta quinta, dia 8 de julho, recurso do Palmeiras e da Procuradoria contra decisão de primeira instância que puniu o técnico Abel Ferreira com uma partida de suspensão por desrespeitar a arbitragem na Supercopa do Brasil. Em última instância, Abel teve a pena majorada e foi punido com duas partidas de suspensão por infração ao artigo 258, inciso II do CBJD. A decisão foi proferida por unanimidade dos votos.
Na final que reuniu o campeão do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, o Palmeiras teve o técnico Abel Ferreira expulso. O treinador foi julgado e punido pela Quinta Comissão Disciplinar com uma partida de suspensão. Após a decisão, defesa e procuradoria recorreram pedindo a reforma para reduzir e majorar, respectivamente.
Diante dos auditores de última instância, o Procurador-geral da Justiça Desportiva, Ronaldo Piacente sustentou o pedido de majoração da pena do treinador para, no mínimo, duas partidas.
“A Procuradoria agradece a presença do Abel e o respeito ao tribunal. Em relação aos fatos e ao processo, quando ele diz o que o árbitro era tendencioso ele quis dizer que o árbitro era parcial, unilateral e está beneficiando um time em detrimento de outro. Outro ponto que se precisa destacar, o Abel Ferreira tem duas expulsões e seis amarelos em apenas cinco meses. Temos matérias jornalísticas juntadas sobre falas do treinador nessa partida. Ele precisa melhorar seu comportamento inadequado. A Procuradoria está pedindo que seja apenado e majorada a pena”, sustentou o Procurador-geral.
Pelo Palmeiras, o advogado Alexandre Miranda iniciou falando sobre a conduta do treinador e que sejam desconsideradas matérias jornalísticas juntadas sobre outras partidas.
“A defesa pediu a presença do técnico por ser possível revisitar esse depoimento de primeira instância. O que foi relatado pela arbitragem foi uma inverdade. Precisamos desmistificar o caso. Técnico jovem, se adaptando ao futebol brasileiro, primário. A Procuradoria diversas vezes se reporta a expressão infrator contumaz a quem não tem nenhuma condenação nessa corte. Ele cumpriu a automática por um ato que foi absolvido posteriormente. A Procuradoria juntou 34 matérias nos autos e 18 não são relacionadas a essa partida. O Abel criticando o calendário, os amarelos, expulsão contra o Ceará em que foi absolvido. A defesa pede em recurso que sejam desentranhadas essas matérias extra petita”.
ESPN