O imunizante virou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado após o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) denunciar superfaturamento nas negociações.
Na última sexta-feira (25), Miranda e o irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciaram à CPI supostas irregularidades na compra da vacina.
No depoimento, eles disseram ter avisado Bolsonaro há três meses sobre as suspeitas e sobre uma “pressão atípica” para acelerar a importação. Na conversa, Bolsonaro teria citado o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara, como o parlamentar que queria fazer “rolo” na pasta.
Nos bastidores da política, senadores membros da CPI da Covid debatem sobre a omissão do presidente neste caso. De acordo com eles, Bolsonaro não atacou Luis Miranda por que o deputado teria gravado a conversa com o presidente quando relatou o superfaturamento na negociação.
Quando o parlamentar e seu irmão se reuniram com Bolsonaro para apresentar as supostas irregularidades, levaram seus celulares pessoais. Geralmente, em reuniões com o presidente, os aparelhos eletrônicos ficam na área externa, porém, nesse caso, segundo Miranda, foi diferente.
Ao ser questionado pelo Correio Braziliense, na segunda-feira (28), sobre o assunto, o Luis Miranda negou a possibilidade de ter gravado a reunião, mas deu indícios de que provas podem ser usadas caso o governo negue as acusações.